China realiza exercícios militares em torno de Taiwan após venda de armas dos EUA

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

A China deu início a exercícios militares de grande escala em torno de Taiwan nesta segunda-feira (29/12), que incluem disparos com fogo real e simulações de bloqueio de portos estratégicos. Essa operação ocorre pouco depois da aprovação por parte dos Estados Unidos de um pacote de venda de armas a Taipei, o que gerou tensões no Estreito de Taiwan. As manobras são vistas como uma resposta à interferência externa e um reforço da posição de Pequim sobre a soberania da ilha.

Os exercícios, que foram descritos como uma ação legítima para proteger a unidade nacional, incluem o uso de destróieres, caças e drones. As autoridades chinesas caracterizam essas ações como um sério aviso aos separatistas em Taiwan e às potências estrangeiras que apoiam a ilha. As manobras são as mais extensas desde abril e sinalizam um aumento das tensões entre a China e os Estados Unidos, especialmente após o anúncio das vendas de armas.

Taiwan, por sua vez, condenou os exercícios, classificando-os como uma ameaça militar e um desrespeito às normas internacionais. O governo taiwanês reagiu enviando embarcações e realizando exercícios de resposta. A situação continua a evoluir, com a possibilidade de um aumento das tensões na região, à medida que Pequim reafirma sua posição sobre a reunificação com a ilha, que é governada de forma autônoma desde 1949.

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