China Impõe Tarifas sobre Laticínios da UE e Intensifica Conflito Comercial

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

A China anunciou que a partir de terça-feira irá aplicar tarifas provisórias que variam de 21,9% a 42,7% sobre diversos produtos lácteos da União Europeia. Essa ação, considerada uma retaliação às tarifas impostas pelo bloco sobre veículos elétricos, busca proteger o setor de laticínios chinês em um contexto de excesso de oferta e redução da demanda. Produtos como leite e o famoso queijo azul Roquefort estarão entre os mais afetados pelas novas taxas.

As tarifas recém-anunciadas refletem uma investigação antissubsídios que a China conduziu, onde foram encontradas evidências de que as importações de laticínios da UE prejudicam os produtores locais. Embora a decisão seja provisória e passível de revisão, as tensões comerciais entre a China e a União Europeia, que já se intensificaram em 2023, podem se agravar ainda mais com essa nova medida. O impacto no comércio bilateral pode ser significativo, uma vez que a China importou US$589 milhões em laticínios da UE em 2024.

As dificuldades enfrentadas pelo setor de laticínios na China, que inclui a necessidade de controle da produção e eliminação de vacas menos produtivas, podem ser amenizadas com essa proteção tarifária. No entanto, o futuro das relações comerciais entre a China e a União Europeia continua incerto, especialmente com a retomada das negociações sobre tarifas de veículos elétricos, que ainda não resultaram em novas decisões. A busca por um entendimento pacífico é essencial para mitigar os efeitos negativos em ambos os lados.

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