A China anunciou, na última quarta-feira, 31, a implementação de medidas de salvaguarda voltadas para a importação de carne bovina, que inclui a adoção de cotas específicas por país e uma tarifa adicional de 55% para volumes que excederem as quantidades estabelecidas. A decisão foi divulgada pelo Ministério do Comércio (Mofcom) e entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026, com a expectativa de se manter por três anos até 31 de dezembro de 2028.
O Brasil, que é o maior exportador de carne bovina para a China, terá uma cota de 1,106 milhão de toneladas sem tarifas adicionais neste ano. Essa cota deve crescer nos anos seguintes, alcançando 1,128 milhão de toneladas em 2027 e 1,154 milhão em 2028. Apesar disso, as novas restrições geram preocupações no setor produtivo brasileiro, que já se mostrava apreensivo com o impacto que tais medidas poderiam ter nas exportações para o país asiático.
As medidas de salvaguarda visam proteger a indústria nacional chinesa, que alegou sofrer danos com o aumento das importações. O Mofcom reconheceu a necessidade de limitar as importações e ressaltou que a situação será analisada ao longo do período de implementação, podendo ocorrer revisões nas cotas e tarifas. Essa ação poderá influenciar significativamente as relações comerciais entre o Brasil e a China, além de afetar outros países exportadores de carne bovina.

