China estabelece tarifas sobre importações de carne bovina para proteger setor

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A China implementará a partir de 1º de janeiro de 2026 uma tarifa adicional de 55% sobre as importações de carne bovina que excederem as cotas designadas. O Ministério do Comércio da China revelou que essa nova medida, que se estenderá por três anos, busca salvaguardar a indústria pecuária doméstica, que enfrenta desafios com o excesso de oferta. A cota total para o próximo ano está fixada em 2,7 milhões de toneladas, alinhando-se com os recordes do passado recente.

As novas diretrizes devem impactar significativamente as importações, que já mostraram uma queda de 0,3% em 2025, totalizando 2,59 milhões de toneladas. Analistas apontam que a competição da carne bovina chinesa com países como Brasil e Argentina é desbalanceada, e isso não deverá mudar rapidamente. Com a redução da cota, as importações de carne bovina do Brasil, que são superiores aos novos limites, devem ser ajustadas, refletindo um cenário desafiador para os exportadores brasileiros.

As implicações dessa decisão se estendem além das fronteiras da China, afetando o mercado global de carne bovina, onde os preços já estão em alta devido à escassez. O apoio crescente à indústria de carne bovina na China, aliado à análise de especialistas sobre a competitividade do setor, indica que a medida pode resultar em uma reestruturação significativa das dinâmicas de importação. Assim, as empresas de carne bovina terão que se adaptar rapidamente para manter sua participação no lucrativo mercado chinês.

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