A China vive um momento de contrastes econômicos significativos, com uma crise imobiliária sem precedentes afetando o setor, que já foi responsável por aproximadamente um quarto do PIB. Ao mesmo tempo, investimentos pesados em tecnologia e inovação estão impulsionando o crescimento de uma nova era, conforme observado pelo economista-chefe da TRUXT, Arthur Carvalho, durante sua visita ao país entre setembro e outubro de 2025.
Carvalho destaca que as vendas de terrenos caíram drasticamente, sinalizando uma transformação estrutural na economia chinesa. Apesar das preocupações com a deflação e o consumo fraco, ele se mostrou impressionado com a rapidez da transição para setores tecnológicos, que já representam uma parcela significativa do PIB. As mudanças visíveis nas cidades, como a proliferação de carros elétricos e o uso de inteligência artificial, refletem essa nova realidade.
O crescimento acelerado desses novos setores pode ter implicações importantes para a economia global, especialmente em um contexto onde a bolsa chinesa apresenta uma valorização inesperada. Essa desconexão entre o mercado acionário e os indicadores econômicos tradicionais sugere uma estratégia política do governo para desviar a atenção da crise imobiliária. Assim, a China se posiciona como um competidor global em tecnologia, criando um novo paradigma econômico.


