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Certidão retificada traz esperança a familiares de vítimas da ditadura

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

Em um ato simbólico realizado em Brasília, a ex-lavradora Maria de Fátima Marinelli, de 68 anos, recebeu a certidão de óbito retificada de seu marido, Nativo de Oliveira, reconhecendo oficialmente que ele foi assassinado por um agente do Estado durante a ditadura militar. O evento, ocorrido no dia 3 de dezembro de 2025, também beneficiou outras 27 famílias de vítimas, que esperam por justiça e reconhecimento de suas histórias dolorosas.

Nativo de Oliveira, um ativista e representante dos trabalhadores em Carmo do Rio Verde (GO), foi assassinado em 1985. A nova certidão, que classifica sua morte como “não natural, violenta”, destaca as graves violações de direitos humanos que ocorreram sob o regime militar brasileiro. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, enfatizou que a luta por memória, verdade e reparação deve ser uma prioridade da sociedade brasileira, não apenas do governo.

O reconhecimento oficial das mortes ocorridas durante a ditadura é um passo importante para as famílias que ainda vivem com a dor da perda. A presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, anunciou que mais certidões retificadas serão entregues no próximo ano. Este ato não apenas honra a memória das vítimas, mas também reafirma o compromisso do Brasil em enfrentar seu passado traumático e garantir que tais violações não sejam esquecidas.

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