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Certidão retificada alivia famílias de vítimas da ditadura no Brasil

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

Na quarta-feira (3), Maria de Fátima Marinelli, de 68 anos, recebeu a certidão de óbito retificada de seu marido, Nativo de Oliveira, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. O documento, que reconhece que Oliveira foi morto por um agente do governo, foi entregue no Ministério dos Direitos Humanos, trazendo alívio emocional para a família e destacando a relevância histórica do reconhecimento. A cerimônia também contemplou outras 27 famílias que passaram por experiências semelhantes, com o governo admitindo oficialmente as violências do passado.

Nativo de Oliveira foi um ativista e representante dos trabalhadores em Carmo do Rio Verde (GO), assassinado em 1985, último ano do regime militar. A nova certidão de óbito qualifica sua morte como resultado de uma violência estatal, uma mudança significativa, pois anteriormente não havia reconhecimento oficial das circunstâncias do falecimento. A ministra Macaé Evaristo, presente na cerimônia, enfatizou que a luta pela memória e justiça não deve ser apenas uma responsabilidade do governo, mas um compromisso da sociedade como um todo.

O ato de entrega das certidões retificadas representa um passo importante na busca por justiça e reparação para as vítimas da ditadura. Macaé Evaristo lembrou que mais documentos devem ser tornados públicos e que a história das violações de direitos humanos precisa ser contada continuamente para que o Brasil não esqueça seu passado. A presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, anunciou que novas entregas de certidões estão previstas para o próximo ano, reafirmando o compromisso com a memória dos que lutaram contra a opressão.

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