Líderes do centrão, com destaque para o PSD, observam que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, anunciada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, pode abrir uma nova janela de oportunidades para o governador do Paraná, Ratinho Júnior, na corrida presidencial de 2026. Eles acreditam que há espaço para uma candidatura que não esteja atrelada a Lula ou Bolsonaro, especialmente após a retirada do nome de Tarcísio de Freitas, o que pode gerar uma busca por um nome alternativo. A visibilidade de Ratinho Júnior começa a crescer nesse cenário, conforme pesquisas indicam essa tendência.
Nos bastidores, a recomendação é que Ratinho mantenha uma postura discreta e evite se envolver em polêmicas que possam prejudicar sua imagem. Ao longo do ano, o governador se manteve afastado de debates controversos, como o tarifaço ou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que ajuda a preservar sua imagem moderada. Essa estratégia pode ser crucial, considerando que ele possui uma boa avaliação em seu governo e um reconhecimento crescente em outras regiões do país, especialmente no Nordeste.
Entretanto, a candidatura de Ratinho Júnior também traz desafios, pois sua saída para a disputa presidencial pode desorganizar sua base política no Paraná. Atualmente, o senador Sérgio Moro lidera a corrida no estado, e Ratinho precisa garantir que sua candidatura não comprometa sua estrutura política local, evitando os erros cometidos por outros políticos em situações semelhantes. A escolha de manter um discurso moderado pode ser uma vantagem, mas a dinâmica política do Paraná pode complicar sua trajetória rumo à presidência.

