O Centrão, grupo político crucial nas votações do Congresso, manifestou apoio à candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, à presidência. No entanto, o anúncio de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, de sua candidatura ao Palácio do Planalto complicou a situação, levando a uma avaliação cautelosa do Centrão sobre suas chances. Os líderes do grupo, como Ciro Nogueira e Antonio Rueda, consideram Flávio pouco competitivo em relação a Lula, seu principal adversário nas eleições de 2026.
O Centrão estabeleceu um prazo até março para que Flávio mostre sua viabilidade nas eleições. A escolha dessa data está atrelada ao fato de que governadores, como Tarcísio e Ronaldo Caiado, precisarão deixar seus cargos para concorrer. Além disso, segundo uma pesquisa recente, embora Flávio tenha obtido 23% de intenções de voto, sua rejeição é considerada alta em comparação com Tarcísio, que possui maior potencial de crescimento eleitoral.
Com a recuperação da popularidade de Lula, o Centrão intensificou suas interações com o governo. Uma pesquisa revelou que a percepção dos deputados sobre Lula mudou significativamente, com a maioria agora acreditando que ele é um dos favoritos à reeleição. O desafio para Flávio será suavizar sua imagem e conquistar o eleitorado moderado para se destacar na corrida presidencial, revalidando seu apoio entre os aliados políticos de seu pai.

