Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 64,6% dos habitantes de favelas no Brasil residem em ruas sem árvores. O levantamento, que faz parte do Censo 2022, foi divulgado em 5 de dezembro de 2025 e aponta uma disparidade alarmante em relação às áreas não faveladas, onde apenas 31% dos moradores enfrentam a mesma situação.
Os dados evidenciam a urgência de políticas públicas voltadas para a arborização urbana, especialmente em um país que recentemente sediou a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Com 10,4 milhões de pessoas vivendo em trechos sem árvores, a pesquisa destaca a relação entre a falta de vegetação e a qualidade de vida, conforme ressaltado pelo chefe do Setor de Pesquisas Territoriais do IBGE, Filipe Borsani.
Além da questão das árvores, o IBGE também identificou a presença de bueiros nas comunidades, revelando que 45,4% dos moradores de favelas têm acesso a esses elementos de infraestrutura. A situação, que varia conforme a densidade populacional, sublinha a necessidade de um Plano Nacional de Arborização Urbana, lançado durante a COP30, para aumentar a cobertura vegetal e melhorar as condições de vida nas áreas urbanas.


