Celulares furtados em São Paulo estão sendo rastreados na China, evidenciando um sistema de tráfico internacional de dispositivos eletrônicos. Um caso em particular envolve um homem que teve seu smartphone roubado no metrô e, semanas depois, descobriu que o aparelho estava em Hong Kong. Essa situação levanta questionamentos sobre a eficácia das medidas de segurança e rastreamento no Brasil.
O esquema de receptação internacional não se limita ao roubo, mas inclui tentativas de golpe para desbloquear os aparelhos. As vítimas costumam receber mensagens fraudulentas que visam obter informações pessoais, como senhas de nuvem, para revender os dispositivos de forma clandestina. Além disso, a China controla grande parte da cadeia produtiva e de reciclagem de componentes eletrônicos, tornando o rastreamento ainda mais difícil.
Esse cenário destaca a complexidade do crime organizado ligado ao furto de celulares, que não apenas causa prejuízos financeiros às vítimas, mas também facilita a reincorporação dos materiais à produção global. Especialistas alertam que a separação digital da China em relação a outros sistemas operacionais contribui para o sucesso das atividades criminosas. A situação demanda uma resposta mais robusta das autoridades brasileiras para combater esse tipo de crime.


