A CBS gerou controvérsia ao cancelar, em cima da hora, a exibição de uma reportagem do programa ’60 Minutes’, que abordaria a mega penitenciária em El Salvador. O material, que seria transmitido no último domingo, incluía relatos de venezuelanos expulsos dos Estados Unidos e levados ao Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), conhecido por denúncias de torturas e violações de direitos humanos.
A decisão de adiar a reportagem, segundo a jornalista Sharyn Alfonsi, não se baseou em razões editoriais, mas sim políticas, uma vez que o conteúdo já havia sido aprovado por advogados da emissora. Alfonsi afirma que a retirada do segmento após rigorosas verificações pode ser interpretada como uma forma de censura corporativa, o que levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa e a influência política nas mídias.
Esse episódio ocorre em um contexto de mudanças no setor de mídia americano, onde a CBS foi recentemente adquirida pela família de um importante doador de Donald Trump. As implicações dessa decisão podem ser significativas, especialmente em um ambiente já tenso entre o ex-presidente e a mídia, onde a manipulação de conteúdos tem sido uma preocupação constante.

