Neste domingo (14), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) anunciou sua renúncia ao mandato na Câmara dos Deputados, em um movimento que segue a confirmação de sua cassação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem previsão de empossar o suplente Adilson Barroso (PL-SP) nesta segunda-feira (15), dando continuidade ao processo legislativo em meio a tensões políticas.
A decisão do STF, que ocorreu na última sexta-feira (12), anulou a votação anterior da Câmara que havia decidido manter o mandato de Zambelli. O ministro Alexandre de Moraes considerou a votação inconstitucional, esclarecendo que apenas o Judiciário tem a competência para determinar a perda de mandato de parlamentares. Este desdobramento levantou questões sobre a autonomia da Câmara e a relação entre os poderes.
Além da renúncia, a situação de Zambelli é marcada por sua tentativa de buscar asilo político na Itália, onde foi presa em julho deste ano. A Justiça italiana decidirá sobre o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro na próxima quinta-feira (18), o que pode influenciar significativamente o futuro político e legal da parlamentar. A combinação de eventos gera um clima de incerteza tanto para a política nacional quanto para as repercussões legais que poderão surgir a partir deste caso.