A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, anunciou sua renúncia ao mandato no último domingo, 14 de dezembro de 2025. A decisão foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar sua cassação, que havia sido previamente decidida por unanimidade pela Primeira Turma do STF, derrubando uma votação da Câmara dos Deputados que tentava mantê-la no cargo.
Condenada a 10 anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli está atualmente na Itália, onde foi presa em julho enquanto buscava asilo político. A Justiça italiana irá decidir sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil, com a audiência programada para a próxima quinta-feira. O Ministério Público italiano já se manifestou favoravelmente à extradição, enquanto a defesa da parlamentar argumenta que sua prisão é motivada por questões políticas.
Com a renúncia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deve empossar o suplente Adilson Barroso em breve. Este caso levanta questões sobre a atuação do Poder Judiciário e a constitucionalidade das decisões políticas, refletindo um momento tenso na política brasileira. A situação de Zambelli pode ter desdobramentos significativos, especialmente em relação à percepção pública sobre a justiça e a accountability no país.

