A deputada Carla Zambelli, do PL de São Paulo, anunciou sua renúncia ao mandato neste domingo, 14 de dezembro, enquanto se encontra presa na Itália. A decisão foi informada à Câmara dos Deputados, que deverá empossar o suplente Adilson Barroso. A renúncia ocorre em meio à pressão política, após uma votação na Câmara em que a oposição tentou evitar sua cassação, a qual foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A cassação de Zambelli foi resultado de uma condenação por envolvimento em uma invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, sentença que transitou em julgado em junho. Com a decisão do STF que anulou a votação da Câmara, a ex-deputada optou por renunciar antes que a nova determinação fosse cumprida, numa estratégia para preservar seus direitos políticos. Segundo aliados, essa medida poderia ampliar suas possibilidades de defesa contra os efeitos de um julgamento considerado politizado.
Além da atual condenação, Zambelli já enfrentou outra penalidade, recebendo cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O futuro político da ex-parlamentar permanece incerto, especialmente diante das implicações legais que sua renúncia pode ter sobre seus direitos políticos e sua defesa em processos judiciais em andamento.