O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) abriu uma investigação interna contra Alexander Eichwald, candidato à liderança da nova ala juvenil, após seu discurso no último sábado, 31 de dezembro, que evoca a retórica de Adolf Hitler. O evento ocorreu durante o congresso de fundação da Geração Alemanha, em Giessen, onde Eichwald adotou posturas e gestos associados a figuras do Terceiro Reich, conquistando 12% dos votos na eleição interna.
No discurso, Eichwald se referiu aos presentes como “camaradas de partido” e defendeu a necessidade de proteger a cultura alemã de influências estrangeiras, o que gerou comparações com comícios nazistas dos anos 30. A repercussão foi imediata, com membros do partido levantando dúvidas sobre suas intenções e questionando sua adequação à ideologia da AfD. Além disso, informações sobre seu passado artístico surgiram, insinuando uma tentativa de desqualificá-lo.
A direção da AfD, liderada pelo copresidente Tino Chrupalla, considerou o discurso de Eichwald incompatível com os valores do partido e anunciou uma revisão de sua filiação. Já destituído de seu cargo em comissões municipais, Eichwald agora figura como independente. Esse episódio reforça a percepção de radicalização dentro da nova ala juvenil, que prometia renovação, mas que tem defendido propostas extremas que geraram aplausos entre os delegados presentes no congresso.

