A crescente disparidade entre o futebol brasileiro e o argentino ficou evidente após a divulgação das premiações de 2024. O campeão da Série A no Brasil poderá receber até R$ 78 milhões, enquanto o vencedor da liga argentina receberá apenas R$ 2,8 milhões, o que representa uma diferença alarmante na valorização do esporte em ambos os países.
Este cenário é consequência de uma série de fatores econômicos e estruturais que têm favorecido clubes brasileiros, como contratos de patrocínio e direitos de transmissão significativamente mais altos. Especialistas apontam que a falta de modernização e a resistência cultural na Argentina em adotar modelos de governança mais eficientes são cruciais para entender essa disparidade. Além disso, a crítica do presidente do Estudiantes, ex-jogador Juan Sebastián Verón, reflete um sentimento generalizado de insatisfação entre os clubes argentinos em relação à situação financeira.
A situação atual sugere que, a menos que haja mudanças significativas na estrutura financeira e organizacional do futebol argentino, a diferença entre as ligas só tende a aumentar. As ligações entre investimento, governança e competitividade se tornam cada vez mais claras, e a evolução do modelo de Sociedade Anônima Desportiva (SAF) pode ser uma saída viável para os clubes argentinos. Enquanto isso, o Brasil continua a se afirmar como uma potência no futebol sul-americano, ampliando sua vantagem financeira e técnica no continente.