Um grupo de caminhoneiros solicitou ao Palácio do Planalto a realização de uma paralisação marcada para o dia 4 de dezembro. Entretanto, representantes de outras vertentes da categoria afirmam que o movimento carece de apoio e que se trata de uma ação voltada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Empresários alinhados a Bolsonaro estariam oferecendo auxílio financeiro e jurídico aos organizadores da greve, levantando preocupações sobre a verdadeira motivação do ato.
O caminhoneiro conhecido como Chicão Caminhoneiro, autoproclamado representante do setor, e o desembargador aposentado Sebastião Coelho foram os principais responsáveis por protocolar a iniciativa. Coelho, que já havia tentado convocar uma paralisação anteriormente para reivindicar a liberdade de Bolsonaro, é visto como um dos articuladores da mobilização atual. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) já se manifestou, alegando que não apoia essa utilização política do nome da categoria.
Apesar do esforço de alguns caminhoneiros para organizar a paralisação, muitos na categoria e na população em geral percebem que se trata de um ato político. Wallace Landim, conhecido como Chorão, expressou que a maioria dos caminhoneiros não apoiará a greve, sugerindo que, se desejarem se manifestar politicamente, que o façam como cidadãos e não em nome da classe. Essa divisão interna pode enfraquecer a mobilização e dificultar sua realização em grande escala.

