Ad imageAd image

Caminhoneiros ameaçam greve; maioria da categoria se opõe à ação

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

Uma ala de caminhoneiros no Brasil anunciou a intenção de realizar uma greve geral a partir desta quinta-feira, 04. O movimento é liderado pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), que estima uma adesão inicial de aproximadamente 20% da categoria. No entanto, muitos caminhoneiros expressam preocupação com o uso político da paralisação, afirmando que não desejam ser utilizados como “massa de manobra”.

A UBC apresentou uma petição à Presidência da República, listando 18 reivindicações, que incluem a estabilidade contratual e a atualização do piso mínimo do frete. O representante da UBC, conhecido como Chicão, enfatizou que a anistia mencionada na petição se refere a sanções de greves anteriores, e não a questões políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entidades como a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também se opuseram à greve, considerando suas motivações políticas.

Apesar da resistência de parte da categoria, há a possibilidade de que lideranças mais radicais promovam mobilizações regionais de acordo com suas inclinações políticas. A UBC espera uma resposta formal do governo até a data da greve, o que poderá determinar o andamento das reivindicações. As tensões em torno da paralisação refletem as divisões internas entre os caminhoneiros, especialmente após a polarização política que se intensificou desde a eleição de 2018.

Compartilhe esta notícia