Uma facção da categoria dos caminhoneiros no Brasil está organizando uma greve geral a partir desta quinta-feira (4), conforme anunciado pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). A entidade projeta que cerca de 20% dos caminhoneiros autônomos devem participar da mobilização, embora muitos temam que a paralisação possa ser explorada para fins políticos. As preocupações são especialmente em relação à vinculação da greve com a anistia a atos de protesto ocorridos em janeiro passado.
A UBC protocolou uma petição com 18 demandas junto à Presidência da República, incluindo a estabilidade contratual e a atualização do piso mínimo do frete. O representante da UBC, conhecido como Chicão caminhoneiro, destacou que a mobilização é uma proposição nacional e enfatizou que a participação dos caminhoneiros é voluntária. Enquanto isso, entidades como a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística se opõem ao movimento, alegando que ele possui motivações políticas.
As entidades que se opõem à greve argumentam que a inclusão de pautas políticas, como a anistia, pode prejudicar a legitimidade das reivindicações setoriais. Além disso, reconhecem que lideranças locais podem ainda promover ações regionais, refletindo as preferências políticas individuais. A situação continua a evoluir, com os caminhoneiros sendo um segmento que historicamente demonstrou forte apoio a movimentos políticos recentes, especialmente durante a eleição de 2018.

