O ato de andar na ponta dos pés é comum durante os primeiros anos de vida, mas pode se tornar motivo de preocupação quando se torna persistente. Especialistas, como a ortopedista pediátrica Renata Alvarenga Nunes, alertam que essa prática pode indicar problemas como vícios posturais, encurtamento do tendão calcâneo ou até doenças neuromusculares. É fundamental que os pais estejam atentos a alterações na marcha, que podem exigir avaliação especializada.
A médica ressalta que os sinais associados a esse comportamento variam conforme a causa. Se a criança consegue apoiar todo o pé no chão em repouso, o problema pode ser postural, enquanto a incapacidade de fazê-lo pode indicar encurtamento do tendão ou condições mais graves. Sinais como calosidades, dores ao pisar e a alteração na marcha são fatores que requerem atenção imediata.
O tratamento deve ser adaptado à causa identificada e pode incluir fisioterapia, uso de órteses ou até cirurgia. A abordagem é frequentemente multidisciplinar, envolvendo profissionais como fisioterapeutas e neuropediatras. Segundo Renata, a prática de atividades físicas também é benéfica, contribuindo para um andar mais saudável e evitando complicações futuras.

