Neste sábado (27), Tailândia e Camboja anunciaram um ‘cessar-fogo imediato’ após um intenso conflito fronteiriço que resultou em mais de 40 mortes e um milhão de deslocados em três semanas. A disputa, reatada no início de dezembro, envolveu a troca de disparos de artilharia e o uso de drones e tanques, rompendo uma trégua anterior mediada pelo presidente dos Estados Unidos.
O acordo foi detalhado em um comunicado conjunto, que destaca a importância de permitir que os civis retornem às suas casas de maneira segura e digna. Além disso, as partes concordaram em congelar as posições militares e retirar minas das áreas limítrofes. O ministro da Defesa da Tailândia afirmou que os três primeiros dias do cessar-fogo servirão como um período de observação para garantir sua efetividade.
Entretanto, a questão da demarcação da fronteira e a soberania sobre templos antigos, como o de Preah Vihear, ainda não foram resolvidas, levantando dúvidas sobre a durabilidade do cessar-fogo. Apesar das promessas de respeito aos acordos, tanto a Tailândia quanto o Camboja continuam a trocar acusações sobre a origem dos conflitos, o que pode dificultar uma paz duradoura na região.