O dólar subiu 0,43% em relação ao real, alcançando R$ 5,36 no início de dezembro de 2025, com analistas apontando para o fluxo sazonal de remessas ao exterior como um dos fatores. Este cenário ocorre em um contexto onde as empresas e fundos frequentemente transferem dólares para cobrir lucros e dividendos, elevando a demanda pela moeda americana. Embora o mercado esteja atento a essa pressão, as expectativas são de que o Banco Central intervenha para evitar grandes oscilações na cotação da moeda.
O diretor da Tesouraria do Travelex Bank, um especialista em câmbio, observou que a demanda por dólar spot aumentou, especialmente em função das remessas de fim de ano. Ele acredita que essa pressão deve persistir ao longo do mês, mas não prevê uma alta acentuada do dólar. A atuação do Banco Central, que pode incluir a rolagem de contratos futuros e a oferta de novas linhas de recompra, será crucial para estabilizar o mercado.
Analistas destacam que a sinalização do Federal Reserve sobre a possível redução da taxa de juros nos EUA pode favorecer moedas emergentes, incluindo o real. Entretanto, a reação do mercado deve ser moderada, refletindo ajustes finos nas condições financeiras globais. Assim, embora o cenário atual indique uma pressão sobre o câmbio, a expectativa é de que o impacto seja controlado e não leve a grandes flutuações na cotação do dólar até o final do ano.

