A Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em sessão extraordinária na última sexta-feira (19), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A discussão foi marcada por desavenças entre o relator, vereador Lucas Vergílio (MDB), e a base do prefeito Sandro Mabel (União Brasil), que culminaram em um voto em separado devido a discordâncias sobre emendas e remanejamento orçamentário.
Durante a sessão, Vergílio apresentou um acordo que previa a rejeição de diversas emendas, exceto algumas da Mesa Diretora e de um colega vereador. No entanto, a proposta de remanejamento orçamentário gerou impasse, levando os vereadores a suspender a reunião para reavaliação. Ao retomar os trabalhos, foi aprovado um relatório paralelo que fixou o remanejamento em 23%, incluindo novas emendas que estabelecem regras de contingenciamento e previsão orçamentária para a Educação.
As implicações da votação refletem a tensão entre os poderes legislativo e executivo em Goiânia. O desentendimento sobre o conteúdo das emendas e a postura do relator geraram críticas e desconfiança entre os vereadores. O processo evidencia a complexidade das articulações políticas na cidade, especialmente em um momento em que a gestão orçamentária se torna um tema central na administração pública.