Produtores de café robusta no Brasil estão melhorando a qualidade de seus produtos para atender à crescente demanda global e contrabalançar os riscos associados ao arábica, que é mais sensível às mudanças climáticas. Essa tendência, que se consolidou no Espírito Santo, já influencia cafeterias de alto padrão em locais como São Paulo, Londres e Berlim.
O robusta, antes considerado inferior, agora é valorizado, com um expresso feito 100% dessa variedade chamando a atenção por suas características únicas. O Espírito Santo, que é responsável pela maior parte da produção nacional, tem planos ambiciosos de aumentar a oferta de robusta especial de 10 mil para 1,5 milhão de sacas por ano até 2032, em resposta ao clima desafiador que afeta o arábica.
Com preços em ascensão e um reconhecimento crescente no mercado internacional, o robusta brasileiro não apenas se estabelece como uma alternativa ao arábica, mas busca sua identidade própria. Essa transformação representa um novo capítulo para o setor, que se adapta às preferências dos consumidores e à realidade das mudanças climáticas.

