Brumadinho: Sete anos após a tragédia, saúde e economia ainda sofrem

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

Em fevereiro de 2025, o rompimento da barragem de rejeitos Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, completará sete anos, deixando um legado de dor e incertezas. A tragédia resultou na morte de 272 pessoas e no desaparecimento de outras, além de impactar rios e comunidades locais de forma devastadora. A Vale, responsável pela barragem, continua sendo um ponto focal das discussões sobre a recuperação da região.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) destaca que 70% dos lares em Brumadinho relatam algum tipo de adoecimento físico ou mental, refletindo os efeitos duradouros da tragédia. Sintomas como estresse e ansiedade têm sido comuns entre os moradores, com 52% dos adultos buscando tratamento psicológico desde o ocorrido. A insegurança sanitária se agrava, com 77% das famílias temendo contaminação dos alimentos e 85% relatando problemas com a qualidade da água.

As consequências econômicas também são alarmantes, com estimativas indicando que Brumadinho pode perder entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões em PIB a longo prazo. A dependência da mineração se tornou um fardo, e a necessidade de diversificação econômica se torna urgente para evitar danos permanentes. Especialistas afirmam que, sem ações concretas, a comunidade poderá enfrentar uma perda bilionária, perpetuando a instabilidade e o sofrimento da população local.

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