No último fim de semana, Brigitte Macron, a primeira-dama da França, se manifestou contra ativistas feministas que interromperam um show do humorista Ary Abittan, acusado de estupro. Durante a invasão, realizada no sábado, 6 de dezembro, as ativistas usaram máscaras com a palavra ‘estuprador’ e gritaram acusações. No dia seguinte, Brigitte assistiu ao espetáculo e, em uma conversa com Abittan, referiu-se às ativistas como ‘vadias estúpidas’.
A equipe de Brigitte Macron esclareceu que a primeira-dama não está contra a causa feminista, mas desaprova os métodos radicais utilizados para impedir a apresentação do humorista. O grupo que invadiu o evento, Nous Toutes, respondeu em um comunicado no Instagram, denunciando a normalização da violência sexista e a proteção de homens acusados de crimes sexuais. O caso de Ary Abittan, que foi arquivado em 2023, ainda gera divisões e debates intensos na sociedade francesa.
As declarações de Brigitte Macron levantam questões sobre a linha entre a liberdade de expressão e a defesa dos direitos das mulheres. O incidente destaca a complexidade do debate em torno da violência de gênero e a forma como a sociedade lida com figuras públicas acusadas de crimes graves. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras manifestações feministas e a resposta das autoridades em relação a artistas controversos.