O Brasil se posiciona como um dos principais players na disputa global por terras-raras, minerais cruciais para a indústria moderna. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estima que os investimentos nesse setor podem alcançar US$ 2,2 bilhões entre 2025 e 2029, refletindo o crescente interesse internacional, especialmente dos Estados Unidos, em suas reservas, que são as segundas maiores do mundo, atrás apenas da China.
Esses minerais são utilizados em diversas aplicações, incluindo semicondutores e veículos elétricos, e o aumento da demanda global coincide com a diminuição das exportações chinesas, levando a uma busca por alternativas. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, considera a inclusão dessa pauta em negociações bilaterais com os EUA, especialmente em relação a tarifas de importação. Além disso, o Congresso está debatendo uma nova Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, visando a regulamentação do setor e a criação de incentivos fiscais.
A previsão de investimento no setor de terras-raras reflete não apenas uma oportunidade econômica, mas também um movimento estratégico em meio a tensões comerciais globais. Com 20 projetos em desenvolvimento e incentivos previstos a partir de 2026, o Brasil se prepara para se consolidar como um fornecedor alternativo e competitivo, o que pode redefinir sua posição no mercado global de minerais estratégicos.