A taxa de juros oficial no Brasil, conhecida como Selic, permanece em 15%, o nível mais alto dos últimos vinte anos, e deve se manter nesse patamar até o início do ano eleitoral, segundo o Banco Central. Essa taxa coloca o Brasil entre os países com os juros mais elevados do mundo, ao lado de nações como Turquia, Argentina e Rússia, que enfrentam crises econômicas severas.
Os impactos dessa taxa recorde são particularmente sentidos pelas famílias mais vulneráveis, que enfrentam altas taxas de juros em financiamentos, cartões de crédito e cheques especiais. O Banco Central justifica a manutenção dos juros altos como uma medida necessária para controlar a inflação, que persiste em níveis elevados, e para lidar com o aumento da dívida pública, decorrente de gastos governamentais superiores à capacidade orçamentária.
As declarações de figuras políticas, como o ex-presidente Lula, que minimizam a questão dos juros como o único problema econômico, têm gerado críticas. Pesquisas recentes indicam que o eleitorado está ciente das dificuldades e clama por mudanças na direção das políticas econômicas do país, refletindo um descontentamento crescente em relação à gestão atual.

