O Brasil registrou um aumento na proporção de crianças e adolescentes frequentando a escola em 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 3. A taxa de frequência escolar bruta do grupo de 0 a 3 anos subiu de 38,6% para 39,7%, enquanto para crianças de 4 a 5 anos, a taxa foi de 93,0% para 93,5% no mesmo período.
Esses dados refletem um avanço significativo desde 2016, quando a taxa de frequência escolar bruta para crianças de 0 a 3 anos era de apenas 30,3%. Contudo, o IBGE observou que, apesar do progresso, os números ainda estão abaixo da Meta 1 do Plano Nacional de Educação, que visa a universalização da educação infantil até 2025. Além disso, a pesquisa revelou que 59,9% das crianças de 0 a 3 anos fora da escola não frequentavam devido a opções dos responsáveis, enquanto a falta de vagas e estrutura adequada ainda é um desafio, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país.
As implicações desses dados são relevantes, uma vez que a taxa de evasão escolar e abandono está em níveis historicamente baixos, mas a desigualdade na educação persiste. A média de anos de estudo entre jovens de 18 a 29 anos aumentou, mas as disparidades entre diferentes faixas de renda permanecem. O IBGE destacou que, enquanto jovens de baixa renda apresentam média de 10,6 anos de estudo, aqueles de alta renda alcançam 13,5 anos, revelando um desafio contínuo para a equidade educacional no Brasil.