Na manhã do dia 24 de dezembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para se submeter a uma cirurgia de correção de hérnia inguinal. O procedimento, que ocorrerá no hospital DF Star, foi autorizado pelo juiz Alexandre de Moraes, responsável pelo processo que resultou na condenação do ex-presidente a mais de 27 anos de prisão. A decisão inclui escolta policial durante a transferência e hospitalização.
A cirurgia deve durar até quatro horas, e a internação de Bolsonaro está prevista para um período máximo de uma semana. O juiz estabeleceu que não será permitida a entrada de dispositivos eletrônicos no quarto do ex-presidente, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro poderá acompanhá-lo durante a estadia no hospital. No entanto, o pedido da defesa para que outros familiares também pudessem visitá-lo foi negado por Moraes, que destacou o descumprimento de medidas anteriores por Bolsonaro.
Além das questões de saúde, a situação política de Bolsonaro também é relevante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva excluiu os condenados por tentativa de golpe de Estado de seu indulto de Natal, o que inclui o ex-presidente. Recentemente, houve uma proposta no Senado para reduzir a pena de Bolsonaro, que Lula já se comprometeu a vetar, o que indica um clima de tensão e expectativas em torno das possíveis movimentações políticas futuras do ex-presidente.

