Bolsa brasileira registra alta, mas equilíbrio fiscal preocupa investidores

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou 2025 com uma valorização de 30%, revertendo a queda de 10% do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado por um retorno significativo de investidores estrangeiros, que injetaram 21,5 bilhões de reais na B3 até dezembro. Por outro lado, investidores institucionais brasileiros retiraram 50 bilhões de reais da bolsa, buscando maior segurança na renda fixa devido à alta da Selic, que fechou o ano em 15% ao ano.

Apesar do excelente desempenho do Ibovespa, a confiança em novas ofertas públicas iniciais (IPOs) permanece baixa. Desde 2021, quando 463 empresas estavam listadas, o número de companhias caiu para 358, com 29 saídas em 2025. A última IPO aconteceu em um período de alta na pandemia, e os analistas apontam que, para reabrir a janela de IPOs, é imprescindível garantir um equilíbrio fiscal que crie um ambiente econômico mais estável e promova a redução das taxas de juros.

As expectativas para o mercado de capitais dependem, portanto, não apenas do desempenho positivo do Ibovespa, mas também de um cenário macroeconômico favorável. A redução dos juros e a estabilidade fiscal são essenciais para atrair novas empresas a abrirem capital e reverter a atual tendência de saída de listagens. Assim, o futuro do mercado de IPOs no Brasil parece atrelado a essas condições econômicas cruciais.

Compartilhe esta notícia