Benim se recupera de tentativa de golpe que abalou sua democracia

Camila Pires
Tempo: 2 min.

No último domingo (09/12), uma tentativa de golpe de Estado abalou a estabilidade do Benim, um dos países mais democráticos da África Ocidental. Um grupo de militares invadiu a emissora estatal, provocando pânico entre os cidadãos e levantando questões sobre a segurança e a governança no país. A rápida reação das Forças Armadas foi crucial para controlar a situação, mas gerou preocupações sobre as razões subjacentes à tentativa de golpe, especialmente com as eleições gerais marcadas para abril de 2026.

Os golpistas, autodenominados Comitê Militar para a Refundação, alegaram que suas ações foram motivadas pela insatisfação com a segurança no norte do Benim e a falta de promoções justas no Exército. No entanto, especialistas contestam a legitimidade dessas alegações, enfatizando que um golpe militar não é uma solução viável. As tensões aumentaram após reformas constitucionais que ampliaram os mandatos presidenciais, levando a uma crescente insatisfação popular que os golpistas tentaram explorar.

A situação no Benim é emblemática de um retrocesso democrático mais amplo na África Ocidental, onde países como Mali e Burkina Faso também enfrentam regimes militares. O presidente Patrice Talon, que reassumiu o controle após a tentativa de golpe, deve manejar cuidadosamente as tensões internas e as expectativas populares. A forma como ele lidará com essa crise será crucial para a estabilidade política e a continuidade do processo democrático no Benim.

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