Banda Didá celebra 32 anos de resistência e cultura no Pelourinho

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

No último sábado, 13, a Banda Didá celebrou seus 32 anos de história em um evento vibrante no Pelourinho, local de sua fundação em 1993. A programação envolveu alunas e membros da comunidade, promovendo um dia repleto de música, aprendizado e celebração da ancestralidade. Além de apresentações musicais, o evento também contou com um tradicional caruru e um parabéns coletivo, reforçando a união e o pertencimento entre todos os participantes.

A banda, considerada a primeira formação afro-percussiva feminina do Brasil, foi criada por Neguinho do Samba com o objetivo de empoderar mulheres nesse espaço historicamente masculino. Atualmente, a direção está nas mãos de Débora e Andréa Souza, filhas do fundador, garantindo a continuidade de seu legado. A maestrina Adriana Portela destacou a importância do projeto, afirmando que a Didá é construída coletivamente por mulheres, realçando seu papel na valorização da identidade negra e da cultura soteropolitana.

A celebração não apenas marcou um marco na trajetória da banda, mas também reforçou sua conexão histórica com o Pelourinho e a cultura afro-brasileira. O evento demonstrou como a Didá continua a desempenhar um papel vital na formação cultural e social da comunidade, inspirando novas gerações e promovendo a ocupação do espaço público com música e memória. O refrão que embala o atual Carnaval da banda encapsula a força e a resiliência do grupo: “A Didá é mulher preta, livre, forte, pele bela.”

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