Uma coalizão de bancos centrais e autoridades financeiras, incluindo o Banco Central do Brasil, anunciou a divulgação de novos cenários climáticos para novembro de 2026. O presidente do Banco Central da França, François Villeroy de Galhau, fez o anúncio, ressaltando a importância de revisar a metodologia empregada após questionamentos sobre um estudo acadêmico que sustentava versões anteriores dos modelos.
A revisão se concentra na remoção de uma “função de dano”, baseada em um artigo que foi posteriormente retratado devido a críticas metodológicas. Esse componente, que estimava os impactos econômicos das mudanças climáticas, havia sido incorporado à versão atual dos cenários da Network for Greening the Financial System (NGFS), que reúne cerca de 150 bancos centrais e supervisores financeiros. A NGFS está agora reavaliando sua metodologia para garantir que suas análises sejam fundamentadas em evidências confiáveis.
Este movimento ocorre em um contexto de crescente escrutínio sobre a utilização de estudos acadêmicos na formulação de políticas econômicas climáticas. O Banco Central do Brasil, que participa ativamente da NGFS, enfatiza a importância de considerar as mudanças climáticas como riscos significativos para a estabilidade financeira, enquanto defende a necessidade de aprimorar continuamente os modelos em face da incerteza dos dados disponíveis.

