O Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, emitindo um comunicado que serve como um alerta ao governo sobre a atual política fiscal. O Copom enfatizou que, enquanto as expectativas de inflação permanecerem acima da meta e a política fiscal continuar a pressionar a economia, não haverá espaço para cortes na Selic. Essa decisão ilustra a relação direta entre a condução fiscal do governo e a política monetária do Banco Central.
No comunicado, o Copom destacou que a política monetária deve se manter ‘significativamente contracionista por um período bastante prolongado’. O impacto da política fiscal sobre a inflação e a confiança dos investidores foi explicitamente mencionado, refletindo a preocupação com a sustentabilidade econômica. Especialistas, como Rafael Costa, argumentam que a responsabilidade pela alta taxa de juros é do governo, que não tem feito o necessário para equilibrar suas contas.
Além disso, o Banco Central chamou a atenção para as expectativas de inflação, que permanecem desancoradas, e para o cenário externo, que adiciona incertezas. A estratégia atual é manter os juros elevados para garantir a convergência da inflação, e o Banco Central não hesitará em ajustar sua política monetária se os preços se deteriorarem. A situação exige um olhar atento sobre as decisões fiscais do governo, que são cruciais para a recuperação econômica.

