Baixa taxa de investimento do Brasil compromete crescimento econômico

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

O Brasil está enfrentando um desafio significativo em relação aos níveis de investimento, com projeções do FMI que apontam uma taxa de apenas 16,6% entre 2025 e 2030. Este índice é um dos piores entre as economias emergentes e revela uma tendência de queda na formação bruta de capital fixo, que afeta diretamente o crescimento sustentável do PIB e a modernização do setor produtivo. Em contraste, a China tem elevado suas taxas de investimento a mais de 40%, destacando a urgência de ações no Brasil para reverter este cenário desfavorável.

A indústria brasileira, que já respondeu por cerca de 24% do PIB em 2005, agora representa apenas 20%, uma diminuição que ocorreu sem uma transição adequada para serviços de maior valor agregado. Essa estagnação industrial é palpável, com a produção atual ainda 15% abaixo do pico histórico de 2011. Apesar de iniciativas como o Plano Nova Indústria Brasil, que promete R$ 3,4 trilhões em investimentos, a execução tem sido insatisfatória, exacerbada por uma política fiscal que não favorece a confiança dos investidores.

Para que o Brasil recupere seu dinamismo econômico, é fundamental criar condições estruturais que incentivem o investimento, como a redução da taxa de juros neutra e a implementação de reformas fiscais. Além disso, parcerias público-privadas e a simplificação regulatória podem ser cruciais para reduzir o custo Brasil e impulsionar a inovação. Somente com um ambiente de negócios mais atrativo será possível elevar a taxa de investimentos e, consequentemente, o potencial de crescimento do país.

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