O fluxo de capital estrangeiro na B3 está projetado para alcançar o maior saldo em dois anos até o final de 2025. Apesar do recuo na taxa básica de juros, a Bolsa brasileira continua sendo vista como uma opção atrativa para investidores externos, especialmente com a expectativa de novas quedas na Selic e o afrouxamento das taxas de juros nos Estados Unidos. No último mês, a entrada de R$ 2,061 bilhões contribuiu para um acumulado positivo de R$ 27,347 bilhões no ano.
Os especialistas ressaltam que, mesmo com a redução do diferencial de juros entre Brasil e EUA, a arbitragem permanecerá atraente, o que deve impulsionar a entrada de recursos na B3. No entanto, a instabilidade política em torno das eleições de 2026 representa um fator de incerteza que pode afetar o fluxo de investimentos. A sazonalidade também poderá influenciar, com uma tendência de saída de capital no final do ano devido a pagamentos de bônus e dividendos.
Apesar dos desafios, se o Federal Reserve decidir cortar as taxas de juros, mais capital pode ser direcionado ao Brasil. A situação atual, com a Selic em 15% ao ano, contrasta com os juros nos EUA, que estão em níveis historicamente baixos. Assim, as movimentações de capital na B3 continuarão a ser monitoradas de perto por analistas e investidores, à medida que se aproximam as eleições que podem moldar o cenário econômico brasileiro.

