Azul aprova mudanças estatutárias para reestruturação financeira

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

Na terça-feira (16), os acionistas da Azul aprovaram de forma unânime alterações em seu estatuto social durante uma assembleia geral extraordinária. Com essa mudança, a companhia poderá emitir ações ordinárias e preferenciais até o limite de R$ 30 bilhões, visando facilitar sua reestruturação financeira. Essa decisão é considerada crucial para a empresa, que se encontra em recuperação judicial após a aprovação do plano de Chapter 11 nos Estados Unidos.

As alterações no estatuto são parte de um plano mais amplo que a Azul pretende implementar para reduzir sua dívida e fortalecer sua posição no mercado. O CEO da companhia, John Rodgerson, destacou que, com a reestruturação, a empresa planeja redirecionar seus esforços para o mercado doméstico, além de expandir os voos internacionais, particularmente em direção aos Estados Unidos, aproveitando a demanda esperada para a Copa do Mundo de 2026. A Azul também espera receber novas aeronaves da Airbus e Embraer, além de formar parcerias com a American Airlines para aumentar sua oferta de voos.

A análise do Bradesco BBI sugere que a Azul terá um foco operacional renovado após sua saída do Chapter 11 no início do ano que vem, o que pode resultar em uma recuperação financeira significativa. No entanto, o mercado reagiu de forma negativa às notícias, com ações da companhia enfrentando forte diluição, o que levantou preocupações entre os investidores. A companhia agora se prepara para os próximos passos de sua reestruturação, com expectativa de retorno ao crescimento sustentável.

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