A Justiça austríaca decidiu, nesta quarta-feira (10), não extraditar o empresário ucraniano Dmitro Firtach para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de peculato. A decisão do Tribunal de Apelação de Viena é resultado de uma longa batalha judicial que dura mais de onze anos. O tribunal declarou inadmissível o último recurso da Promotoria americana, tornando a decisão definitiva.
Dmitro Firtach, de 60 anos, acumulou fortuna importando gás russo para a Ucrânia e é conhecido por sua ligação com o ex-presidente pró-Rússia, Viktor Yanukovych. Desde 2014, ele vive na Áustria, onde possui bens, após uma ordem de prisão internacional emitida pelos EUA, que o acusam de subornos relacionados a um projeto de extração na Índia. Em um contexto repleto de reviravoltas, a Justiça austríaca já havia considerado, em 2015, que as acusações possuíam motivações políticas.
Após reaberturas de processos e novas evidências, o tribunal finalmente determinou, em 2024, que a extradição era inadmissível. A Promotoria, embora tenha se oposto à decisão, não apresentou seu recurso dentro do prazo estipulado, o que contribuiu para o desfecho do caso. Se extraditado, Firtach poderia enfrentar anos de prisão nos Estados Unidos, onde nega as acusações contra ele.

