Austrália amplia leis contra discurso de ódio após atentado em Bondi

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou nesta quinta-feira, 18, uma nova iniciativa legislativa para combater o discurso de ódio, em resposta ao recente atentado em Bondi, Sydney. O ataque, que ocorreu durante um festival de Hanukkah, resultou na morte de 15 pessoas e deixou 25 feridas, com os autores sendo Sajid Akram e seu filho, Naveed Akram. Enquanto Sajid não sobreviveu ao confronto com a polícia, Naveed enfrenta 59 acusações relacionadas ao ato violento.

O plano de Albanese inclui a ampliação das leis contra o extremismo, permitindo que o ministro do Interior cancele vistos de indivíduos que disseminam ódio. Além disso, a proposta busca interromper financiamentos a projetos que apoiam atividades antissemitas e revogar a cidadania de pessoas envolvidas em terrorismo. O governo também planeja reexaminar as leis de controle de armas no país, em um contexto de crescente preocupação com a segurança da comunidade judaica.

A líder da oposição, Sussan Ley, criticou o governo por não agir mais rapidamente após a escalada de ataques antissemitas, e pediu a convocação do Parlamento para uma aprovação ágil das novas leis. Albanese reconheceu a complexidade das mudanças necessárias, mas enfatizou a importância de buscar apoio legislativo amplo. Este caso ressalta a crescente urgência de abordagens eficazes para combater o extremismo e a segurança pública na Austrália.

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