Aumento dos aluguéis em 2025: juros altos e crédito restrito pressionam mercado

Fernanda Scano
Tempo: 2 min.

Em 2025, o Brasil observou um aumento significativo nos aluguéis residenciais, resultado da combinação de juros altos e um crédito imobiliário mais restrito. Esse cenário forçou muitos brasileiros a optar pelo aluguel, refletido no crescimento da taxa de domicílios alugados de 18% para 23% entre 2016 e 2024, segundo especialistas do setor. A pressão na demanda elevou os preços e contribuiu para um nível elevado de inadimplência, que chegou a cerca de 3,80%.

O mercado imobiliário reagiu a essas mudanças com uma busca acelerada por novas formas de garantias, substituindo as tradicionais por soluções digitais. A Onda, uma plataforma de garantias digitais, destacou que o aumento da inadimplência torna o modelo atual insustentável e exige um equilíbrio entre digitalização e atendimento humano. Além disso, a falta de um marco legal para garantias digitais levanta preocupações sobre a regulação do setor, que deve ser debatido nos próximos anos.

Para 2026, a continuidade do aumento nos aluguéis estará atrelada à evolução da taxa Selic. Especialistas alertam que, se os juros permanecerem altos, a demanda por locações deverá se manter, intensificando a pressão sobre as garantias locatícias. Com as mudanças nos indexadores de contrato e as tensões orçamentárias dos inquilinos, a inadimplência deve continuar sendo um tema central nas discussões do setor.

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