Em 2025, o mercado de locação residencial no Brasil se tornou um reflexo das dificuldades econômicas enfrentadas pelos inquilinos, com os juros altos e o crédito restrito pressionando os preços dos aluguéis. A escolha entre comprar ou alugar deixou de ser uma questão filosófica, transformando-se em uma decisão puramente matemática para muitos brasileiros, que se veem obrigados a alugar em vez de comprar. O resultado imediato foi um aumento da demanda, que sustentou os preços e contribuiu para uma alta inadimplência no setor.
Entre 2016 e 2024, a proporção de domicílios alugados no Brasil cresceu de 18% para 23%, totalizando cerca de 17,8 milhões de lares. Essa mudança no cenário habitacional abre espaço para novas soluções em garantias locatícias, com plataformas digitais emergindo para atender à demanda crescente. O aumento dos aluguéis foi acentuado por um índice de 8,70% em 2025, superando a inflação e evidenciando um mercado em transformação, onde a inadimplência também atingiu níveis preocupantes.
Com a inadimplência em alta, as imobiliárias e locatários enfrentam riscos maiores, levando a um movimento de consolidação no setor. Novas garantias digitais estão se estabelecendo como alternativas às tradicionais, mas a falta de um marco legal específico pode elevar os riscos para os envolvidos. O futuro do mercado de locação dependerá da evolução da taxa de juros e das estratégias adotadas para gerir e mitigar a inadimplência, com expectativas de mudanças contínuas nos próximos anos.

