O Brasil enfrenta um aumento alarmante de 57% nos casos de HIV entre pessoas com mais de 50 anos, conforme dados do Ministério da Saúde. Entre 2014 e 2024, as notificações de novos casos saltaram de 2.768 para 4.355, evidenciando a urgência de discutir temas como sexualidade e prevenção nesta faixa etária. O silêncio em torno do uso de métodos preventivos e a falta de testes regulares contribuem para a propagação da infecção entre idosos.
A infecção por HIV, muitas vezes não reconhecida, pode ser confundida com sinais comuns do envelhecimento, levando a um diagnóstico tardio. Além disso, o estigma associado à infecção e o medo de discriminação afastam os idosos dos cuidados médicos necessários. Este cenário exige uma mobilização para desmistificar a sexualidade na terceira idade e promover a testagem e o uso de preservativos como parte da saúde preventiva.
A necessidade de campanhas de conscientização voltadas a essa população é evidente. Tais iniciativas devem abordar a importância da sexualidade ativa e os métodos de prevenção, visando ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado. Com a carga viral indetectável, as pessoas podem ter uma vida sexual saudável sem risco de transmissão, melhorando assim a qualidade de vida entre os mais velhos.

