A aprovação do aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs e casas de apostas pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado marca um ponto de tensão em Brasília. Especialistas, como Alexandre Mathias e Alex Agostini, criticam a falta de articulação política do governo, que resulta em medidas fiscais mal coordenadas e em um cenário de juros altos, onde o Banco Central opera em desacordo com as necessidades fiscais do país.
Mathias aponta que a gestão atual tem cometido uma série de erros ao tentar ajustar as contas públicas sem um suporte adequado no Congresso. A falta de liderança e a ausência de um diálogo efetivo têm levado a um impasse, onde a sociedade e o Legislativo se sentem sobrecarregados. O conflito em torno da indicação de um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) apenas acirrou as tensões, dificultando a aprovação de medidas compensatórias.
A situação se agrava com a LDO de 2026 tornando-se refém das disputas políticas, o que pode afetar a execução do orçamento e serviços essenciais, como saúde e emissão de documentos. Em um ano eleitoral, a necessidade de aprovação da LDO é crucial, mas a falta de consenso pode levar a um impasse ainda maior. Enquanto Brasília continua a debater, os efeitos da desarticulação fiscal recaem sobre o contribuinte e a economia real, evidenciando a urgência de soluções eficazes.


