Assembleia de MG aprova privatização da Copasa em meio a protestos

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em segundo turno, no dia 17 de dezembro de 2025, o projeto de lei 4.380/25, que autoriza a privatização da Copasa, estatal responsável pelo saneamento no estado. Com 53 votos a favor e 18 contrários, a proposta agora aguarda a sanção do governador Romeu Zema, do partido Novo, após uma sessão marcada por protestos de manifestantes e deputados da oposição.

Durante a votação, que foi a única pauta da sessão, vários deputados da oposição tentaram discursar, mas o governo optou por acelerar o processo. Os manifestantes, compostos por sindicatos e funcionários públicos, expressaram sua insatisfação com faixas que alertavam sobre as consequências da privatização, como o aumento das tarifas. O projeto permite que o estado mantenha uma ação com poder de veto, mas possibilita a venda de 45% das ações da Copasa, avaliada em R$ 16,7 bilhões na B3.

O governador Zema pretende arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com a operação, visando utilizar os recursos para amortizar dívidas do estado. A expectativa é que a privatização ocorra no primeiro trimestre de 2026, antes das eleições, o que pode influenciar sua candidatura à presidência. A privatização da Copasa, proposta desde o início do governo Zema, agora ganha força, acompanhada de discussões sobre a sustentabilidade e a universalização dos serviços de água e esgoto em Minas Gerais.

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