O governo da Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, está se preparando para retornar ao mercado internacional de títulos. A expectativa é emitir nova dívida em 2026, o que visa quitar compromissos financeiros e reforçar as reservas cambiais do país. Essa movimentação surge após um período de calotes e instabilidades, refletindo uma mudança significativa na confiança dos investidores nos últimos meses.
Desde setembro, quando o pânico tomou conta do mercado devido a temores sobre o programa fiscal de Milei, a situação financeira da Argentina começou a se estabilizar. O apoio político recebido pelo governo, especialmente após a conquista de cadeiras no Congresso, facilitou a recuperação. Agora, os rendimentos dos títulos argentinos estão próximos de 10%, o que é considerado atraente para os investidores, levando o governo a considerar a venda de dívida para arrecadar recursos essenciais.
A volta ao mercado internacional pode proporcionar à Argentina uma injeção de recursos necessária para pagar dívidas externas e reconstruir suas reservas cambiais. No entanto, analistas destacam que a mudança de regime cambial, prometida por Milei, é crucial para garantir a liquidez necessária. Assim, o futuro da Argentina no cenário financeiro global depende de reformas que possam sustentar essa recuperação e evitar novos calotes.

