Argentina altera política cambial e planeja adquirir US$ 10 bilhões em reservas

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

O governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, anunciou em 15 de dezembro de 2025 mudanças significativas na política cambial do país. A partir de 2026, as bandas de negociação do peso serão ampliadas com base na inflação mensal, ao invés do atual ritmo fixo de 1%. Essa medida visa aumentar as reservas internacionais, com a meta de compra de até US$ 10 bilhões no próximo ano, buscando atender as demandas dos investidores e normalizar a economia argentina.

As novas diretrizes foram bem recebidas pelos mercados, resultando em uma valorização dos títulos soberanos argentinos. A decisão de flexibilizar a política cambial atende a pedidos antigos dos investidores por uma abordagem mais dinâmica, especialmente após a finalização de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no início do ano. Além disso, a expectativa é que essas mudanças ajudem a remonetizar a economia e estabilizar o peso, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos.

Com a nova configuração do Congresso, onde o bloco de Milei se tornou maior após as eleições de meio de mandato, o presidente busca avançar em reformas estruturais e no orçamento anual. Especialistas acreditam que a acumulação de reservas entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões no próximo ano será um sinal positivo para a confiança no crédito do país. Contudo, as autoridades do FMI alertaram que a meta de reservas poderá ser desafiadora, dependendo da aprovação de novas dispensas para a Argentina.

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