A Justiça da França condenou, em 18 de dezembro de 2025, um anestesista à prisão perpétua por envenenar 30 pacientes, com 12 mortes confirmadas. O réu, de 53 anos, atuava em duas clínicas na cidade de Besançon entre 2008 e 2017, onde os pacientes sofreram paradas cardíacas em circunstâncias suspeitas. O tribunal considerou que ele tinha a intenção de desacreditar colegas de trabalho, provocando pânico no ambiente hospitalar.
Durante o julgamento, que se estendeu por mais de três meses, o anestesista manteve sua inocência, afirmando não ser um envenenador. O tribunal seguiu a recomendação do Ministério Público, que o qualificou como um dos maiores criminosos da história da medicina, ao usar sua posição para causar danos. A sentença inclui um período de 22 anos sem direito a solicitar liberdade condicional, o que reflete a gravidade das acusações.
A condenação gerou reações emocionais, especialmente entre os familiares do condenado, que estavam presentes no tribunal. Os advogados do anestesista já anunciaram a intenção de recorrer da decisão, enquanto o caso levanta questões sobre a segurança em ambientes médicos e a confiança na profissão. Este incidente ocorre em um contexto mais amplo de crimes na área da saúde, destacando a necessidade de fiscalização e responsabilidade profissional.

