Na quinta-feira, 18, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da operação Sem Desconto, visando apurar o escândalo de corrupção no INSS. Um dos mandados de busca e apreensão teve como alvo Roberta Luchsinger, que, segundo as investigações, teria recebido 1,5 milhão de reais do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’. A operação ocorre em um contexto de crescente escrutínio sobre as ligações entre a família presidencial e práticas ilícitas no setor público.
Roberta Luchsinger é uma figura controversa, tendo se destacado por prometer doações a Lula em momentos críticos e por sua candidatura a deputada pelo PT de São Paulo. A situação se complica com a revelação de que a cúpula da CPMI do INSS está investigando um suposto esquema de lobby que envolveria pagamentos a Fábio Luís, filho do presidente, em troca de facilidades junto ao governo. A falta de provas concretas até o momento contrasta com as alegações de testemunhas que afirmam conhecer os detalhes do esquema.
O desdobramento dessa investigação poderá ter implicações significativas na política brasileira, especialmente se novas evidências ligarem Fábio Luís a esses negócios ilegais. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, está confiante de que a convocação do filho do presidente será aceita após a operação da PF. O caso ressalta a necessidade de uma apuração rigorosa para esclarecer as relações entre interesses privados e decisões governamentais no Brasil.